segunda-feira, 22 de março de 2010

Casal Nardoni no banco dos réus

Começa hoje julgamento do pai e madrasta da menina Isabella, morta em março de 2008. Provas periciais são o alvo da defesa.

O destino do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar Isabella Nardoni, de 5 anos, filha de Alexandre, será decidido a partir de hoje, por um júri popular. O julgamento está previsto para começar às 13h, no 2º Tribunal do Júri de Santana, em São Paulo. Isabella morreu em 29 de março de 2008, após queda do sexto andar do prédio London onde moravam seu pai e sua madrasta. O casal está preso desde então, acusado pelo assassinato da menina.
Uma maquete do edifício foi construída para o julgamento. Ela será mostrada aos sete jurados no momento em que a promotoria estiver revelando detalhes de como Anna Carolina e Alexandre teriam agredido Isabella dentro do apartamento do sexto andar e em seguida, segundo a acusação, o pai teria jogado a própria filha pela janela. As maquetes vão tentar demonstrar que é impossível uma terceira pessoa ter cometido o crime, como alega a defesa.

O julgamento promete mobilizar o País. É o primeiro caso em que os réus estão sendo acusados apenas com base em provas periciais. A defesa de Alexandre e Anna Carolina espera usar todos os argumentos possíveis para tentar anular as acusações. O criminalista Roberto Podval pode tentar até o adiamento do júri, por causa do desaparecimento de uma das testemunhas de defesa: um pedreiro que até ontem ainda não havia sido localizado por oficiais de Justiça. Podval considera esta testemunha essencial, a ponto de colocá-la como primeira de sua lista de 20 nomes indicados.

A previsão é de que o julgamento deve durar cinco dias. O primeiro procedimento será a escolha dos sete jurados, que serão sorteados de uma lista de 40 nomes pré-selecionados pela Justiça. Nesse grupo, há 23 mulheres e 17 homens. Defesa e acusação podem recusar, cada um, até três pessoas sorteadas. Os sete selecionados terão rotina controlada. Eles não podem conversar entre si nem manter contatos com pessoas de fora.

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