domingo, 19 de julho de 2009

Cerca de 300 pessoas acompanham sepultamento de advogado morto por ladrões no Recreio


Cerca de 300 pessoas acompanharam, neste domingo, o sepultamento do advogado Bolivar Souza da Silva, de 45 anos, no Cemitério de Irajá. O homem foi morto, na manhã de sábado, após ser sequestrado por cinco criminosos no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.

A mulher e os filhos de Bolívar não quiseram falar com a imprensa. Já o irmão da vítima pediu apenas que a justiça seja feita. Os amigos afirmaram que o advogado morre como herói, pois tentou proteger a família dos bandidos.

Para evitar que a família ficasse refém de bandidos, Bolivar acabou morto com um tiro de fuzil na boca, na Rua Arthur Possolo 391. O bando abordou-o em frente a uma farmácia, na Av. das Américas, e exigiu que a vítima seguisse com eles para o seu apartamento. No caminho, o advogado resolveu entrar no prédio onde um amigo colocou a cobertura à venda e foi executado quando tentava fugir pela garagem.

Os bandidos levaram o celular e os documentos do advogado. Na fuga, um dos cinco bandidos conversou com um comparsa e não percebeu que tinha discado o último número registrado no telefone de Bolivar. A conversa foi gravada na caixa de mensagens do amigo da vítima: “Passei o cerol num otário, porque ele queria dar uma de malandro pra cima de mim, me levando para um apartamento vazio”.

O advogado trabalhista caiu no jardim do prédio e morreu antes de ser socorrido. Bolivar tinha ido à farmácia no seu Honda Civic preto buscar o remédio da mulher e, em seguida, iria comprar bebidas para a festa da filha caçula, que faz aniversário na segunda-feira.

Através de sua assessoria de comunicação, a Polícia Civil informou que as investigações do caso estão bem adiantadas.

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